Josué foi o sucessor de Moisés (O SERVO DO SENHOR), uma grande honra e grande responsabilidade. Josué filho de Num, assumiu seu cargo confiando nas promessas de Deus, como no capítulo 1, onde Javé promete estar com Josué da mesma forma que esteve com Moisés na liderança do Seu povo.
A Idolatria sempre fez parte da vida do povo de Israel no Antigo Testamento, sempre incomodando e prejudicando o relacionamento de Deus com Seu povo. O povo que foi escravo no Egito, também aprendeu a adorar imagens de esculturas, baalins, astarotes, etc. E a geração que saiu do Egito, devido à sua rebeldia e desobediência, foi sentenciada a morrer no deserto após quarenta anos de peregrinação.
A geração que nasceu no deserto entrou na Terra Prometida, e tinha que conviver no meio de povos pagãos sem se contaminar com sua idolatria e sem contrair matrimônio com as mulheres daqueles povos. Mas a terceira geração de israelitas não obedeceu a Deus, e se contaminaram com casamentos em jugo desigual e idolatria. O sincretismo religioso se infiltrou no meio do povo de Deus, o que anunciara uma grande derrota mortal.
Cheio de fé e com grande coragem, Josué desafia o povo a temer a Deus e a segui-Lo com integridade. Ele desafia o povo dando seu exemplo. Ele faz uma afirmação, “eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Não existe espaço para outra possibilidade, o líder, o pastor do lar, afirma que todos em sua casa o seguiriam no serviço divino. Josué assume seu papel de pastor do lar. Em Gn. 3.16, Deus diz que o marido deve governar sua esposa, o desejo dela se submete ao senhorio do esposo.
A educação no lar é uma responsabilidade dos pais na seguinte ordem: o pai ensinava à mãe a Lei, a mãe ensinava aos filhos, e o pai, ao chegar em casa, repassava todo o ensino com a mãe e os filhos. O marido é o provedor do lar, é o responsável por proteger sua esposa e filhos. Sua constituição física já o favorece nesse intento. Paulo enfatizou bem o papel masculino no lar. Em Ef. 5.22, 23, ele diz que a esposa deve se sujeitar ao marido porque este é a cabeça da esposa. Concordando com o texto de Gn. 3.16.
Aos filhos cabe também obedecer aos pais, no Senhor (Ef. 6.1). O marido deve exercer sua liderança no lar com amor cristão (Ef. 5.25) estando disposto a entregar sua própria vida por ela. Desta forma o marido santifica sua esposa. Deve amá-la como ao próprio corpo, afinal, são uma só carne (Ef. 5.31). Governar bem a própria casa é uma condição para que se exerça a liderança na igreja de Cristo (1Tm. 3.4; 3.12; Tt. 1.6). Paulo ainda reforça o papel de líder do lar ao homem porque este foi criado primeiro por Deus, e isto não foi aleatório.
Pedro também enfatiza o papel masculino no lar cristão (1Pe. 3.7), onde o marido que é o cabeça da esposa, precisa participar da vida comum do lar. Estar disposto a ajudar também nos trabalhos domésticos quando a esposa tiver de trabalhar fora para o ajudar nas despesas. Tal atitude não desmerece a liderança do marido, ao contrário, a consolida e fortalece.
Vivemos tempos difíceis, onde muitos maridos têm se omitido do papel de líder e pastor do lar. Muitos tem aceitado a falácia de que “em casa é a mulher que manda”. O movimento feminista tem se infiltrado em nossas igrejas dia a dia, tentando inverter as posições no lar. Inverter a ordem criada por Deus é criar caus. Desordem. Não em um lar cristão de fato.
Não se trata da personalidade peculiar de cada indivíduo, mas de obediência ao ensino das Escrituras. Josué incorpora tudo isso e afirma sem qualquer sombra de dúvidas: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor.” Ele tinha plena convicção do ensino que dava à sua família. Do amor e atenção que dispensava aos seus queridos.
Hoje, precisamos resgatar esta liderança bíblica e harmoniosa. Onde a liderança masculina não se omite nem se ensoberbece, mas busca ser justa e fiel a Deus e Sua Palavra. Respeito não se impõe, nem se compra, mas se conquista com fidelidade a Deus e bons exemplos. Precisamos ser mais presentes em nossos lares. Mais presentes na vida de nossas famílias. Precisamos resgatar o tesouro do culto doméstico. Precisamos reconhecer o esforço de nossas auxiliadoras, seu zelo, sua formosura. Precisamos ser amigos de nossos filhos, sem deixar de ser pai, de ser líder.
As esposas precisam viver segundo os padrões estabelecidos pela Bíblia, em santa submissão e respeito pelos maridos. Com zelo amoroso por sua família e o bom andamento da sua casa, no cuidado dos filhos, amando-os como herança do Senhor. Marido e esposa devem viver como cooperadores, não como competidores. Eles são uma só carne. Devem zelar e esmerar na educação cristã dos filhos, da família.
Portanto, homens e mulheres presbiterianos do Brasil, sejamos fortes e corajosos, sem temor ou dúvidas diante do relativismo e feminismo deste século. Homens, precisamos resgatar nosso lugar no pastoreio da família. Isso agrada a Deus, e desta forma cumpriremos a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. Que Deus nos ajude nesta benfazeja tarefa.
Rev. Alexandre Oliveira C. da Silva.