Sem dúvida vivemos em uma sociedade que tem tentado se construir a luz de uma correria desenfreada. Não se atenta para as benesses de um bom descanso. Vive num ciclo muito estranho, pois sonham com um desfrutar merecido do suor do teu trabalho, mas para que isso ocorra crê ser necessário conquistar mais e mais, então mais trabalho, exibi sua vida de maneira que aparenta ser boa e desejável, mesmo em razão de sua total renúncia. Então, o ciclo continua.
Bom, Êxodo nos mostra o Senhor estabelecendo três festas para o povo de Israel e, também estabelecendo algo muito importante – o descanso.
Descansar tem se tornado um problema, uma vez que uns acreditam que, em meio a rotina do corre-corre, falar sobre descanso pode gerar sensação de inutilidade, procrastinação e afins. As pessoas têm vivido a ânsia de querer se mostrar útil ao outro gerando a ideia de que descanso não é importante. Há um antigo ditado que traduz bem isso: “eu descanso carregando pedras”.
Dito isso, pode surgir um real questionamento: qual a contribuição disso para nossa sociedade cansada, doente e ingrata com a vida, uma vez que só trabalhar resulta em cansaço e um corpo e mente ansiosos por dias de tranquilidade? Muitas famílias têm passado por tristes momentos, uma vez que, os responsáveis têm se doado para uma vida melhor negligenciando o descanso e isso as custas do privilégio de passar um tempinho de qualidade com quem ama.
A resposta para tudo isso está no entendimento de que necessitamos de limites. A sociedade sempre quer estar além desse limite. Então, cabe a nós o vigiar, orar e pedir ao Senhor que nos dê sabedoria para trabalhar estas demandas no entorno do saudável limite entre trabalho e descanso.
Que o Senhor nos dê discernimento nos detalhes concernentes a nossa jornada de trabalho.
Pr. Luiz