Santificação é um imperativo. É uma ordem clara e inquestionável, imprescindível a todo aquele que deseja seguir a Cristo.
O breve catecismo na pergunta 35 responde que a “santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo nosso ser, segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão”. O Deus que é santo por excelência, atributo este que qualifica os demais, exige de nós uma vida de santificação.
Diante disso, podemos refletir sobre dois importantes ensinamentos. Na primeira epístola de Pedro, versículo 14 em seu capítulo primeiro, o apóstolo Pedro nos impele a não nos amoldarmos as paixões que tínhamos anteriormente em nossa ignorância, isto é, santificação exige mudança de vida, agora não vivemos mais regidos pelos nossos impulsos, desenfreados para pecar, mas devemos lutar constantemente para vencer o pecado. Nesse mesmo capítulo, nos versículos 15 e 16, Pedro nos lembra que a santificação é uma obra de Deus e como autor, requer de nós uma vida condizente com o Seu caráter. Isto não é sobre ser religioso, afinal, qualquer pessoa pode ir à igreja, mas é praticar verdadeiramente um modo de vida que reflita a natureza radical do novo nascimento, uma busca constante em sermos parecidos com Cristo.
Irmãos, santificação é viver o caráter de Deus; um processo gradual por meio do qual Ele a cada dia nos transforma, no qual morremos para o pecado e vivemos para Cristo. Concluindo, faço uso das palavras de J. C. Ryle, “não existe santidade sem luta”. Com ajuda do Espírito Santo negamos a nós mesmos, dia a dia, tomamos a nossa cruz, e seguimos a Cristo (Lc 9. 23). “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12. 14).
Rev. Marcelo Menezes da Silva